terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Estradas Solares

Dentre as diversas alternativas sustentáveis para a geração de energia elétrica, os painéis solares (ou fotovoltaicos) são de longe uma das fontes mais populares mundialmente. Tais aparelhos são capazes de captar a luz do Sol através de materiais semicondutores e, em seguida, gerar o deslocamento de elétrons, resultando em uma matriz de eletricidade. Por sua vez, as denominadas estradas solares empregam o uso extensivo de painéis fotovoltaicos para cobrir um segmento de uma rodovia, produzindo assim uma quantidade substancial de energia renovável em um grande espaço público urbano. 

Princípio e operação de painéis fotovoltaicos

Para converter a radiação solar interceptada em uma corrente elétrica, os painéis solares são compostos em série por células fotovoltaicas, ou seja, células achatadas feitas de silício (que possuem a peculiaridade de absorver energia do Sol) cobertas em um lado por Boro (portador de cargas positivas) e do outro por fósforo (portador de cargas negativas). Esta área de contato entre as duas metades cria um campo elétrico que, quando exposto a luz solar, gera uma reação que resulta no deslocamento de elétrons de um polo para o outro, dando assim origem a uma corrente. 

Embora seja uma opção para uma fonte de energia renovável, os painéis fotovoltaicos são incapazes de absorver por completo toda a luz solar que atinge suas células. Apenas uma porção relativamente pequena de radiação é transformada por completo em eletricidade, requerendo assim um investimento bem maior por parte do utente para adquirir mais painéis para cumprir a cota de energia desejada. Estima-se que para uma residência de uma família de três pessoas, é preciso até sete painéis fotovoltaicos para satisfazer as necessidades elétricas básicas diárias.

 Implementação de estradas solares

Como o nome já indica, estradas solares são rodovias comuns cobertas por vários painéis fotovoltaicos, transformando blocos de estradas em geradores de energia limpa.

O conceito de tais estradas foi desenvolvido pelo engenheiro norte-americano Scott Brusaw. Os painéis empregados nesta construção são cobertos por vidros temperados designados para suportar o peso de vários tipos de veículos de transporte, como caminhões e ônibus. Além disto, as estradas são equipadas com luzes de LED que criam um sistema de iluminação inteligente sem a necessidade do uso de tintas ou outras marcações físicas.

De maneira básica, as estradas solares são constituídas por três camadas ligadas uma sobre a outra, construídas sobre uma pavimentação pré-existente. A primeira faixa da estrutura é composta por ligas de vidro responsável por proteger as camadas subjacente contra os esforços físicos e ambientais, assim como garantir a passagem da luz. Logo abaixo se encontra as células fotovoltaicas que absorvem a radiação solar e a transforma em energia elétrica, transmitindo as para o sistema de iluminação LED da estrada e para outras instalações através do sistema de fios e cabos localizados na terceira camada.


 


sábado, 19 de dezembro de 2020

Tijolos Ecológicos

É um tipo de tijolo produzido através de resíduos originado pelas construções permitindo reaproveitamento desses materiais como: cinzas do bagaço da cana de açúcar, borracha, fibras de coco babaçu, couro entre outro. Ele promove impacto ambiental positivo, reduzindo o consumo de materiais na área de construção e aplicando conceitos de sustentabilidade na sua fabricação. Existem alguns tipos sendo citados 2 como: 

Tijolo solo cimento: É produzido a partir da mistura solo, cimento e água que endurece após um processo de compressão sem utilizar a queima, ganhando durabilidade e consistência para a aplicação em obras. 

Tijolos com cinzas do bagaço da cana-de-açúcar: É produzido a partir da mistura solo, cinzas da cana e água sem utilizar o processo da queima, secando em na sombra sem emitir gases poluentes.


Vantagens: 

• Diminuição da demanda energética; 

• Utilização de diversos resíduos e materiais; 

• Redução de resíduos gerados na obra; 

• Criação de oportunidades locais; 

• Simplicidade de execução. 

Desvantagens: 

• É necessária uma mão de obra qualificada; 

• Como os tijolos ecológicos não são tão conhecidos no Brasil, desse modo, o tijolo convencional acaba se tornando mais barato e acessíveis em alguns casos.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Telhas Ecológicas

Com o crescimento da tecnologia e com o conhecimento de que o setor da construção civil traz impactos negativos para o meio ambiente, vêm se desenvolvendo soluções para um telhado ecológico, tal como a telha ecológica. Esse tipo de telha pode substituir as tradicionais telhas metálicas ou de fibrocimento e ajudar de modo positivo o meio ambiente com a economia de recursos.

Utilização das Telhas Ecológicas

“A telha ecológica é um tipo de telha fabricada a partir de resíduos de fibras naturais, como madeira e coco, ou com o reaproveitamento de fibras de materiais reciclados como papel e garrafa PET.” (OLIVEIRA, 2019) 
Essas telhas podem ser utilizadas em muitos tipos de construção, como por exemplo, residências e habitações de interesse social, coberturas para veículos, fachadas, galpões, quiosques, comércios, entre outros. 
Esse tipo de telha protege a construção e o ambiente porque recicla fazendo o reuso de matéria-prima de elementos que seriam jogados fora, sendo assim, é considerado um material ecologicamente correto.
 

Tipos de Telhas Ecológicas

As telhas ecológicas podem ser feitas com diferentes materiais, assim no mercado da construção civil existem diversos tipos de telhas ecológicas, serão citadas 3 que são:

• Telha ecológica de embalagem Tetra Park: Reutiliza embalagens longa-vida, como exemplo, caixas de leite, achocolatados, caixas de suco, entre vários outros produtos feitos de polietileno/alumínio. Essas caixas são formadas por três materiais, alumínio, papel e polietileno, tendo o papel como o material predominante. Esses materiais “sofrem um processo de laminação, ação esta que consiste em proceder uma compressão sobre as folhas dos diversos constituintes.” (SCHELB, 2016, apud MARTINS, BOETTGER, 2018)

• Telhas ecológicas de fibras vegetais: “São produzidas de papéis recicláveis possuindo como matéria prima a celulose, as fibras utilizadas para fabricação do papel são de eucalipto ou bananeira.” (SCHELB, 2016, apud MARTINS, BOETTGER, 2018). A mais conhecida é a onduline feita com fibras vegetais e impermeabilizada com asfalto e resina termofixa. A composição da cor é feita com pigmentos naturais. 

• Telhas ecológicas de plástico reciclado: É composto de garrafas pet e outros materiais que trazem polietileno na composição. Para a realização das telhas com esse tipo de material, primeiro as garrafas passam por uma separação de cores e por aparelhos especiais dividindo rótulos e plasticos. “Todo material composto por PET são reutilizados, desta forma as garrafas passam por um processo de trituração até chegar ao ponto de amolecerem e seguindo para o seu estado final que é na forma pastosa. A partir do processo da realização de telhas de garrafas PET são criados os formatos de telhas.” (MARTINS, BOETTGER, 2018)

Vantagens e Desvantagens 

As telhas ecológicas possuem várias vantagens: 

• Leves: as telhas feitas com materiais ecológicos são mais leves comparadas as telhas tradicionais, então pode ter economia no custo da obra pois com o uso das telhas ecológicas reduz a utilização de certos materiais para a construção da cobertura. Além disso, por serem leves, o transporte é simples e a instalação pode ser executada com equipes menores. 

• Resistentes: mesmo sendo leves e fabricadas com materiais reciclados, as telhas ecológicas são resistentes e duráveis, se colocada de forma correta. São resistentes a chuvas de granizo, não quebram com facilidade e não trincam. 

• Possuem baixa transmissão térmica e acústica: essas telhas possuem proteção contra os raios ultra-violetas e a transmissão de calor é baixa, fazendo com que o ambiente interno tenha uma temperatura menor. Também é um isolante acústico, impedindo que barulhos externos atravesse a cobertura.

• Protege de fungos e mofos: não concentra fungos nem mofos, e sua limpeza e manutenção são fácies.

 As telhas ecológicas também possuem algumas desvantagens: 

• Sua instalação só pode ser realizada com profissionais especializados e utilizando o manual do fabricante. 

• Deve ter cuidado com a inclinação e com o espaçamento na hora da instalação. 


OLIVEIRA, Andressa. 4 tipos de telha ecológica que são baratas e sustentáveis. Documento eletrônico. Disponível em: https://www.tuacasa.com.br/telha-ecologica/

MARTINS, Peter; BOETTGER, Gabriela. Estudo comparativo entre telhas onduladas de fibrocimento e telhas onduladas ecológicas. Santa Catarina, 2018. UNISUL-Universidade do Sul de Santa Catarina


terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Breve Histórico - Materiais Ecológicos

A ideia de sustentabilidade é consideravelmente antiga, sendo desenvolvida já na idade antiga pelos romanos. Eles utilizavam para a formação do concreto, cinzas vulcânicas, cal e água do mar, formando o mineral tobermorita aluminosa, que além de trazer menos impactos ambientais, é extremamente benéfico para construções civis pela sua resistência, principalmente perto do mar por conta da reação química da água salgada com as cinzas vulcânicas. Os romanos também desenvolveram os aquedutos para o manejo da água e o implúvio que era um tanque retangular, encontrado dentro das casas, utilizado para acolher a água das chuvas por meio de calhas podendo então ser reutilizada. 

Na idade média, se utilizava bastante materiais ecológicos como a madeira e o adobe que servem para estruturas até os dias de hoje. As igrejas construídas nessa época eram abobadadas, e quando não eram, devido ao menor número de pedreiras por conta da localização da obtenção, eram então feitas com madeira, trazendo um revestimento mais econômico e sustentável. A arquitetura gótica utilizava muita madeira para as construções de telhados e de navios o que acabou gerando um outro problema, a destruição das florestas. 

Com o passar das eras, o setor civil foi deixando de ser explorado nessa questão sustentável pois naquela época perdurava ainda a mentalidade de evolução tecnológica devido aos aumentos das comercializações e das grandes urbanizações e mais tarde na história com a conhecida Revolução Industrial, responsável pelo incrível avanço tecnológico e econômico, fez com que a ideia de sustentabilidade fosse ainda menos visível.

Foi somente no século XX que foi surgir verdadeiras preocupações com o ambiente e a sustentabilidade, pelo fato do esgotamento de recursos naturais crescer, da poluição das indústrias, entre outros. Nessa época, diversos conceitos e ideias por diversos autores foram surgindo e na construção civil foram pensadas diversas formas de otimização de forma que mantivesse a harmonia entre o meio ambiente e a construção.

sábado, 5 de dezembro de 2020

Materiais Ecológicos na construção civil?

 O setor da construção civil está passando por constantes transformações, pois todo ano surge novidades, destacando novas tecnologias e inovações. Assim, neste setor, é normal o uso de diversas matérias-primas, todavia alguns desses materias podem ser considerados maléficos ao meio ambiente, por esse motivo se torna indispensável a preocupação com o ambiente. 

Antigamente, falava-se em cuidar do meio ambiente para as próximas gerações, contudo a geração atual já está sendo afetada com várias catástrofes ambientais devido ao descuido com o meio ambiente. É necessário, então, algumas alternativas para diminuir os estragos ambientais, como por exemplo o Material Ecológico. 

Os materiais ecológicos são “todo artigo de origem artesanal ou industrializada, de uso pessoal, alimentar, residencial, comercial, agrícola e industrial, que seja não-poluente, não tóxico, benéfico ao meio ambiente e à saúde dos seres vivos, contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico e social sustentável.” (IDHE, 2011) 

Os materiais ecológicos, também chamados de ecoprodutos, podem ser composto por: matérias-primas naturais renováveis (de origem orgânica - vegetal ou animal), matériasprimas naturais não-renováveis, materiais reciclados (vidro, plástico, metais, papel) e materiais compósitos (formados pela união de materiais de origem diferente, como vegetais com produtos de origem sintética - plásticos). 

É interessante que os materiais ecológicos para a construção civil sejam mais utilizados em obras para que este setor também se responsabilize pela sustentabilidade. Esses materiais aplicados de forma inteligente proporcionam grande desempenho e é um benefício ecológico.


IDHEA. Nove Passos para a Obra Sustentável. Documento eletrônico. Disponível em: https://aplicweb.feevale.br/site/files/documentos/pdf/23233.pdf. 

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Ginástica Laboral e SIPAT

 Ginástica Laboral na construção civil 

A ginástica laboral é um importante recurso para melhorar a ergonomia na construção civil. Ela ajuda e evitar lesões musculares e outros problemas causados por esforços repetitivos. Consistem em exercícios de baixa intensidade, que alongam a cabeça, os membros e o tronco. São feitos no próprio ambiente de trabalho e não requerem troca de roupa.

Geralmente as sessões duram de 5 a 15 minutos. Podem ser realizadas todos os dias da semana ou em dias alternados, dependendo da necessidade.

A ginástica laboral é classificada de três formas:

·       Preparatória: realizada no início da jornada de trabalho;

·       Compensatória: realizada durante a jornada de trabalho;

·       Relaxamento: realizada após a jornada de trabalho.

SIPAT

SIPAT é a Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho. O objetivo é promover e conscientizar os trabalhadores sobre a prevenção de acidentes, saúde e segurança no trabalho.


segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Ergonomia: NR's

 Normas Regulamentadoras 

As Normas Regulamentadores (NRs) relativas à Saúde e Segurança do Trabalho estão elencadas na Portaria 3214/1978 do Ministério do Trabalho e Emprego. Elas visam garantir condições e ambiente de trabalho adequado, estabelecendo regras a serem cumpridas pelos empregadores.

Falando sobre ergonomia na construção civil, é possível focar na NR-17, que trata de forma específica sobre o tema. Ela visa estabelecer parâmetros para a adaptação das condições de trabalho de modo a proporcionar aos trabalhadores o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

A NR-17 prevê regulamentações nos seguintes assuntos:

Transporte manual de cargas: não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas cujo peso seja suscetível de comprometer a saúde ou segurança do trabalhador.

Mobiliário dos postos de trabalho: para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, o mobiliário deve proporcionar condições de boa postura, visualização e operação.

Equipamentos dos postos de trabalho: todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

Condições ambientais de trabalho: Em todos os locais de trabalho, deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. Ela deve ser uniformemente distribuída e difusa.

Organização do trabalho: a organização do trabalho deve levar em consideração, no mínimo as normas de produção, o modo operatório, a exigência de tempo, a determinação do conteúdo de tempo, o ritmo de trabalho, o conteúdo das tarefas.

domingo, 8 de novembro de 2020

Ergonomia: Construção Civil

 A importância da Ergonomia na Construção Civil 

A ergonomia é importante para a construção civil, pois aumenta o rendimento e controla os riscos de doenças ocupacionais no setor. Proporciona um resultado positivo na saúde e na segurança no trabalho da empresa, além de evitar afastamentos e atrasos na obra.

No cotidiano, os operários da construção civil encontram-se na mesma posição por um período de tempo muito longo, além de realizarem esforço físico através do carregamento manual de cargas. Também existe muitos procedimentos que são realizados de modo inadequado, comprometendo a saúde do trabalhador, como: limpeza de terreno, operação de ferramentas e máquinas pesadas, montagem de estruturas, serragem de madeira, demolição, entre muitas outras atividades. Sendo assim, para amenizar os efeitos ou prevenir, são necessárias medidas preventivas para proporcionar aos trabalhadores uma rotina de qualidade de vida no trabalho, produtividade e saúde.

sábado, 7 de novembro de 2020

Ergonomia

 A ergonomia estuda as adaptações do lugar de trabalho em um contexto específico, afim de observar todas as vertentes que dificultam o desenvolvimento do trabalho buscando uma solução que possa melhorar a qualidade de vida e da atividade laboral a ser desenvolvida pelo homem. Seu principal foco é trazer técnicas que sejam adaptativas que facilite as atividades diárias dos trabalhadores, buscando o seu bem-estar, prevenindo patologias que surgem por esforço repetitivo, desenvolvendo ações que trarão benefícios para os colaboradores e a empresa.

A ergonomia é regulamentada através das NR´s (Normas Regulamentadoras), tendo um técnico de segurança do trabalho e um fisioterapeuta trabalhando juntos para obter dados que possam ser importantes para a melhora na saúde dos funcionários nas mais diversas áreas. Essas normas são colocadas em prática após muitas avaliações para a identificação da irregularidade nos postos de trabalho, a fim de adicionar nas informações que anteriormente foram coletadas e estudadas.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Tipos de Cimento


O cimento Portland comum (CP I) é referência, por suas características e propriedades, aos demais tipos de cimento Portland. Esses tipos se diferenciam de acordo com a proporção de clínquer e sulfatos de cálcio e de adições (tais como escórias, pozolanas e material carbonático) acrescentadas no processo de moagem. 

1 - Cimento Portland Comum (CP I)

·       CP I – Cimento Portland Comum - O CP I é um tipo de cimento Portland sem nenhuma adição com exceção do gesso, que é utilizado somente como retardador da pega.

·       CP I-S – Cimento Portland Comum com Adição - O CP-I-S é um tipo de cimento Portland com as mesmas características do CP-I porém com adição de no máximo 5% de material pozolânico em massa que garante uma menor permeabilidade a este tipo de cimento.

2 - Cimento Portland Composto (CP II)

·       CP II-E – Cimento Portland Composto com Escória - é um tipo de cimento usado quando há necessidade de que as estruturas tenham um desprendimento de calor moderadamente lento ou que possam ser atacados por sulfatos.

·       CP II-Z – Cimento Portland Composto com Pozolana - é um cimento que geralmente é utilizado em obras marítimas, industriais e subterrâneas por conter de 6% a 14% de pozolana garantindo uma maior impermeabilidade e durabilidade ao concreto produzido com este tipo de cimento.

·       CP II-F – Cimento Portland Composto com Fíler - é utilizado para várias aplicações como no preparo de argamassas de assentamento, argamassas de revestimento, estruturas de concreto armado, solo-cimento, pisos e pavimentos de concreto, etc.

3 - Cimento Portland de Alto-Forno (CP III) - Este tipo de cimento contém adição de 35% a 70% de escória em sua composição o que lhe confere maior impermeabilidade, durabilidade e resistência a sulfatos. O CP III é um cimento que pode ser usado tanto na execução de obras de grande porte e agressividade como barragens, esgotos, pavimentação de estradas, pistas de aeroporto, quanto na aplicação de argamassas de assentamento e revestimento, estruturas de concreto armado, concreto protendido, projetado, rolado, dentre outros.

4 - Cimento Portland Pozolânico (CP IV) - Este tipo de cimento é constituído de 15% a 50% de material pozolânico. O concreto produzido com este cimento, em relação ao concreto feito com Cimento Portland Comum, apresenta maior impermeabilidade, maior durabilidade e maior resistência mecânica à compressão à longo prazo.

5 - Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)

6 - Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS)

7 - Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC)

8 - Cimento Portland Branco (CPB) - pode ser dividido em estrutural, aplicado para fins arquitetônicos com as mesmas características dos outros tipos de cimento porém com a pigmentação branca, e não estrutural, indicado para rejuntamento de cerâmica. A cor branca é obtida através de matérias-primas com baixo teor de manganês e ferro e a utilização do caulim no lugar a argila.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Cimento Portland

 O que é o Cimento Portland?

Material ligante pulverulento, ou seja, se apresenta em estado de pó fino de cor acinzentada, resultante da queima do calcário e argila, e posterior adição de gesso. O cimento portland é um dos materiais de construção mais consumidos pelo homem por apresentar  características peculiares, como trabalhabilidade e moldabilidade, que conferem a argamassas e concretos alta durabilidade e resistência a cargas e ao fogo.

Fabricação do Cimento Portland 


É com a mineração do calcário (principal matéria-prima do cimento) que se inicia o processo de fabricação do cimento. O material é extraído das minas e armazenado no pátio/depósito de pré-homogeneização.

No moinho cru, o calcário é moído. O produto final é formado por grãos muito finos, daí o nome cru. Um filtro instalado no moinho evita que haja a emissão de pó para a atmosfera. O cru é estocada em silos especiais até ser enviada ao forno rotativo.

No interior do forno rotativo, a temperatura chega a 1500ºC e, então, a matéria-prima se transforma em clínquer (que em contato com a água possibilita o endurecimento e o ganho de resistência). Na saída do forno, o material apresenta-se em formas de bolas com diâmetro variado.

Finalizando o processo de produção do clínquer, o material é resfriado em um resfriador. O clínquer é transportado e armazenado. Logo após é adicionado gesso e outras adições que compõem o cimento: gesso, calcário e pozolana ou escória. Dependendo da porcentagem de cada produto, obtém-se uma especificação de cimento.

A mistura segue para o moinho de cimento, onde todos os componentes são moídos. Após a moagem, o cimento é armazenado até ser ensacado e armazenado. 

Reação de hidratação do cimento 

O cimento seco não consegue unir os agregados, só adquire essa característica de coesão quando é misturado a água. A reação de hidratação é a mistura de cimento com água. Quando o cimento vai se hidratando, o material vai se transformando em novos compostos químicos. Esses compostos hidratados formam agulhas e cristais que proporciona o enrijecimento e o ganho de resistência do material.

A reação de hidratação é um processo exotérmico, ou seja, quando a água  entra em contato com o cimento, existe uma liberação de calor. Quando em excesso, esse calor pode acarretar uma porção de problemas como trincas e fissuras de origem térmica. 

Processo de "pega" do cimento 

Ao adicionar água no cimento, a pasta fica em uma consistência relativamente fluida (fácil de deformar e moldar), com o decorrer do tempo a água de massamento é utilizada para formações de cristais. Com a perda da água livre, a pasta começa a se enrijecer e solidificar.

O termo “pega’ se refere ao processo de solidificação da pasta de cimento. O início de pega marca o ponto em que a pasta deixa de ser trabalhável. A solidificação não é imediata, precisa de um tempo, que é o tempo de fim de pega. Ao final, a pasta de cimento está totalmente solidificada.

A importância da pega do cimento é para avaliar o tempo que se tem para trabalhar com produtos a base de cimento após adição de água. 

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Breve Histórico: Cimento


Os primeiros relatos sobre a história do cimento, ou Caementu no latim, foi no Egito Antigo há cerca de 4500 A.C.. Naquela época, utilizava-se uma liga composta por uma mistura de gesso calcinado para unir as pedras que davam sustentação à construção dos monumentos.

Ao longo dos anos o cimento foi passando por processos evolutivos, e as obras de Panteão e Coliseu, por exemplo, receberam a utilização de terras vulcânicas que, em contato com a água, sofreram uma reação que provocou o seu endurecimento. Em 1756, o engenheiro John Smeaton descobriu que uma calcinada de calcário e argila era tão resistente, depois de seca, quanto as pedras utilizada nas construções.

James Parker desenvolveu uma mistura de sedimentos de rochas da ilha de Sheppel e patenteou, em 1796, um cimento com o nome de "Cimento Romano". O francês Louis Vicat, em 1818, motivado por Parker, inventou o cimento artificial utilizando uma mistura de componentes argilosos e calcários.

Foi Joseph Aspdin que teve a ideia de queimar pedras calcárias e argila e depois triturá-las até obter um pó fino. Esse material, em contato com a água e depois seco, se tornava sólido como uma rocha e era resistente ao ambiente úmido. Em 1824, patenteou a descoberta batizando-a de cimento Portland.

Entretanto, foi Isaac Charles Johnson, em 1845, quem conseguiu aperfeiçoar o Cimento Portland, elevou a temperatura da queima para 1400ºC e moeu o clínquer, produto originário dessa queima, para obter um pó mais fino e com uma qualidade superior. No decorrer dos anos, diversas indústrias cimenteiras começaram a surgir e a desenvolver pesquisas sobre o processo de fabricação do Cimento Portland.

O Risco da Falta de Saneamento Básico

O saneamento básico é de suma importância para a vida humana. De acordo com a Lei 11445/2007, pode-se definir como saneamento básico um “conjunto de serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólido e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas”, ou seja, a finalidade é promover condições melhores de saúde, melhorar a qualidade de vida e proteger o ambiente.

A falta de saneamento básico gera grandes problemas para a saúde da população e as consequências são mais intensas para a qualidade de vida das pessoas mais empobrecidas. Nas periferias e nos locais interioranos, a falta de saúde é causada pela falta de saneamento básico. Dentre os problemas pela falta de saneamento, pode-se citar doenças transmitidas através do contato da água (leptospirose e esquistossomose), doenças relacionadas com a higiene, doenças transmitidas por insetos (dengue, febre amarela, malária), entre outras enfermidades.

Atualmente, o Brasil está passando por um grande desafio com o vírus que causa a doença COVID-19. Um estudo que foi publicado pela revista Environment International destaca que o vírus pode estar presentes em fezes humanas e que pode continuar nas fezes por 33 dias após o paciente testar negativo para o vírus, porém ainda não foi comprovado que a doença pode ser transmitida pela via feco-oral. A possibilidade desse tipo de transmissão poderá trazer muitas consequências, principalmente para comunidades carentes e isoladas que não possuem saneamento básico. Por exemplo, em locais onde os rios que abastecem as casas são os mesmos que a população jogam seus esgotos, levando a propagação do vírus.

Para controlar essa pandemia, há certas medidas que devem ser tomadas como lavar as mãos e o rosto com frequência, porém em comunidades carentes está fora de alcance. Além do abastecimento de água ser inconstante, há acúmulo de lixo, contaminação do solo e das águas, poluição visual do ambiente, proliferação de insetos, entre outras consequências pela falta de saneamento básico.

Já as comunidades isoladas, aglomeração de moradias ou núcleos habitacionais que a ligação com os sistemas municipais se demonstra inviável, as redes de distribuição de água e de coleta de esgoto são inexistente ou insuficiente, exigindo soluções independentes. Logo, a falta de saneamento traz doenças e problemas como os  mencionados acima.

É inegável a importância dos serviços de saneamento básico, tanto na prevenção de doenças, quanto na preservação do meio ambiente.

Escrito por Sabrina Scardino.

Estradas Solares

Dentre as diversas alternativas sustentáveis para a geração de energia elétrica, os painéis solares (ou fotovoltaicos) são de longe uma das ...